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ENCONTRADA GRANDE ESTÁTUA DE MÁRMORE DO IMPERADOR ADRIANO
11/08/2007
Uma gigantesca e finamente esculpida estátua em mármore do imperador romano Adriano foi reencontrada e retirada em pedaços das ruínas da antiga cidade greco-romana de Sagalassos, no centro-sul da Turquia.
"A estátua era alta, de 4 a 5 metros, e a face é um dos mais belos retratos jamais encontrados do imperador Adriano", disse com euforia e visível emoção o diretor das escavações, o arqueólogo belga Marc Waelkens, da Universidade Católica de Lovanio, na Bélgica.
Até agora foram retirados, além do magnífico e grande rosto de 70 centímetros, uma perna de um metro e meio e um pé de 80 centímetros. Porém, os arqueólogos belgas estão certos que conseguirão encontrar todos os fragmentos restantes, enterrados após um terremoto no passado.
Primeiramente foi encontrado, no domingo passado, o pé da estátua, que rapidamente chamou a atenção dos arqueólogos, além das dimensões extraordinárias. A sandália que estava esculpida era, sem dúvida, a de um imperador, e pertencia a uma estátua de proporções tais que poderia representar somente um imperador. A partir desta descoberta inicial, os trabalhadores ficaram frenéticos. Primeiro, apareceu a perna e depois, finalmente, o magnífico rosto. Era a face de Adriano, até pela semelhança com outras estátuas do mesmo imperador.
Adriano, que reinou na primeira parte do século II depois de Cristo (117-138), fez na Ásia Menor em 130 Depois de Cristo uma de suas longas viagens pelos territórios periféricos do Império a fim de reforçar as fronteiras externas. Sua viagem na Ásia Menor serviu para reforçar as fronteiras do Império até o Rio Eufrates, consolidando o acesso romano ao Golfo Pérsico, o que o seu antecessor Traiano conseguiu abrir só temporariamente.
É esta a razão pela qual em vários sítios arqueológicos há vários templos, portas e estátuas de Adriano destinados a homenagear a visita do imperador naquelas terras.
Um templo de Adriano está sendo reconstruído na capital turca, Ancara, e um outro templo dedicado ao mesmo imperador será desenterrado logo, graças às escavações na antiga Cyzicus, na cidadezinha de Erdek, na província ocidental turca de Balikesir.
As ruínas greco-romanas de Sagalassos, colocadas em evidência pela primeira vez em 1706 por Paul Lucas, em missão na região de Anatólia pelo Rei Sol, Luigi XIV, foram notadas pelos arqueólogos europeus na metade do século XIX devido aos estudos do inglês William Hamilton, sobretudo pelo teatro que estava praticamente intacto.
Sucessivamente, a fama de Sagalassos foi apagada pelas descobertas em Éfeso e Pérgamo, que prenderam a atenção do mundo. A partir de 1990 começaram os trabalhos de escavação da missão da Universidade Católica de Lovanio, que restaurou recentemente um edifício termal, um Macellum, e um templo dedicado a Adriano e a seu sucessor, Antonino Pio.